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Fazendas de Daniel Dantas promovem agressão ao meio ambiente no Pará


Comunicado nº 55/2021

São Paulo, 05 de abril de 2021


Fazendas da AgroSB, de Daniel Dantas, desmataram mil hectares em área de conservação no Pará


Desmatamento na APA Triunfo do Xingu, no Pará, em julho de 2020. Foto: Christian Braga/Greenpeace

Dados de satélite compilados pelo consórcio Rapid Response apontam que imóveis ligados ao braço agrícola do Grupo Opportunity derrubaram florestas na APA Triunfo do Xingu; de volta à mídia, banqueiro investe em hotéis e campos de petróleo.


As fazendas da Agro SB, braço rural do império erigido pelo banqueiro Daniel Dantas, desmataram 929 hectares de floresta em São Félix do Xingu, no Pará, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu. Realizadas entre os meses de outubro de 2019 e junho de 2020, as supressões ocorreram em dois imóveis ligados ao grupo agropecuário de Dantas: as fazendas Lagoa do Triunfo IV e Lagoa do Triunfo V.


Os dados são oriundos do monitoramento por satélites realizado pelo consórcio internacional Rapid Response, que publica mensalmente relatórios sobre alertas de desmatamento relacionados às cadeias produtivas da soja e da pecuária, traduzidos ao português pelo observatório: “De Olho nos Ruralistas publica relatórios sobre desmatamento na Amazônia e no Cerrado“.


Em 2019, o complexo Lagoa do Triunfo já havia sido flagrado pelo consórcio em outros dois alertas de desmatamento, em parte remanescente das unidades I, III e IV, totalizando 1.518 hectares. Em setembro de 2020, outro imóvel pertencente à AgroSB em São Félix do Xingu, registrado no Sistema de Gestão Fundiária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Sigef/Incra) como “Lote 35, Setor D“, teve 365 hectares suprimidos.


Além dos 2.812 hectares desmatados em áreas da empresa no município, o consórcio registrou ainda focos de incêndio nos últimos dois anos, afetando unidades do complexo Lagoa do Triunfo. Do total da mata nativa desmatada, 32% foram destruídos com fogo. A recorrência nos casos levou a aplicação de quatro multas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), por desmatamento ilegal de vegetação nativa, que totalizam R$ 22 milhões.


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